Livro: Marcos José Müller, Intimidad, Coexistencia y Clínica, 2022

A intimidade: Apesar de descobrir que a intimidade diz respeito à autonomia de um sujeito que não é mais que um simbolismo autônomo, Freud somente pôde pensa-la na medida em que se manifesta em um “eu”. A suposta intimidade que havia reconhecido ao sujeito somente é acessível através de uma abstração teórica sobre um “eu”. A este “eu” lhe compete enfrentar, compreender e interpretar o sujeito. A Coexistência: O que traz uma dificuldade que, antes de Foucault, Merleau-Ponty ja havia sinalizado: a intimidade termina sendo absorvida pelo “pensamento convencional da identidade” que o “eu” (psíquico) emprestaria ao sujeito. Eis aqui o que justificaria as acusações que, no futuro, faria Foucault – o ilustre aluno de Merleau-Ponty- à institucionalização da praxis psicanalítica, como se ela tivesse se convertido menos em “escuta” e mais em “normalização” da singularidade por meio da aplicação de uma abstração ou saber imposto como dispositivo, precisamente a teoria do eu psíquico. A Clinica:  Existe então uma forma de escutar o íntimo (de mim e do outro) sem fazer dessa intimidade o efeito de uma abstração ou saber imposto como dispositivo.

Se trata de presentar mis intentos de reconocer, en las lecturas merleau-pontyanas de las diferentes formas de empleo de los significantes ‘Gestalt’ e ‘inconsciente’ – destacados en la fenomenología de la conciencia íntima del tiempo de Husserl, en la teoría de la percepción de los psicólogos de la Forma y su aplicación, por Goldstein, a la comprensión de los ajustes organísmicos, así como en la teoría freudiana sobre la existencia de un simbolismo autónomo – una “matriz” para pensar el diálogo clínico, como respuesta a la pregunta: ¿qué es la intimidad en el ámbito de la coexistencia y en qué sentido, desde el punto de vista de la intimidad, puede haber algo así como la otredad? Asimismo, en los dos capítulos de cierre, teniendo en cuenta la misma pregunta, me voy a referir a la manera como la pareja Perls y el literato Paul Goodman – paralelamente a los estudios de Merleau-Ponty – propusieron integrar, en los términos de una relectura de la clínica psicoanalítica, los significantes ‘Gestalt’ e ‘inconsciente.

Marcos José Müller-Granzotto

ISBN: 978-65-80398-06-5 (impresso)
ISBN: 978-65-80398-07-2 (ebook)

272 páginas

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